ETFs (Exchange Traded Funds)
Imagina investir em várias coisas comprando apenas um produto. Os ETFs podem ser considerados uma das maneiras de fazer esse investimento.
Entender como funcionam esses Fundos de Investimento pode simplificar seus aportes e também alavancar seus ganhos.
Vamos entender porque essa classe de ativos é tão interessante para os investidores.
Por que ETF?
ETF significa Exchange Traded Fund, o que quer dizer que são fundos de investimento listados na bolsa de valores, sua compra é feita através do home broker. Um funcionamento muito similar ao de ações, por exemplo.
Como um fundo de investimento, existe uma administração que segue uma determinada estratégia para compor a carteira de investimento do fundo.
O que os torna uma estratégia interessante para se investir em diversos ativos ao mesmo tempo, porém comprando apenas um ativo.
Sendo negociado em bolsa, eles são representados pelos Tickers ABCD11 (quatro letras, seguidas do número 11).
Exemplo Relâmpago: Vamos supor que o setor de tecnologia está em tendência de alta e você gostaria de comprar ativos do setor, porém não sabe muito bem como avaliar cada uma das empresas de maneira separada. Uma solução seria comprar um ETF do setor de tecnologia, que vai combinar diversas empresas do setor. Então, se realmente houver um movimento favorável para o setor e a maioria das empresas subir, seu ETF também vai se valorizar.
Mais exemplos de ETFs
No Brasil, o ETF mais comum é o BOVA11, um ativo que segue o índice Bovespa, que reúne as maiores empresas brasileiras listadas na bolsa.
Outra classe de ETF conhecida no Brasil, são os que seguem o índice de Small Caps. SMAC11 e SMLL11 são exemplos desses fundos.
Também são comuns ETFs que permitem ao investidor acesso a mercados que não são simples para se investir. O IVVB11 investe em empresas americanas no S&P500 da bolsa dos Estados Unidos. E existe uma lista de outros ETFs que seguem índices de bolsas estrangeiras.
GOLD11 é outro exemplo que permite ao investidor exposição ao mercado de ouro.
E recentemente, surgiram ETFs que investem sua carteira de ativos em criptomoedas. O mais famoso entre eles é o HASH11, que inclusive bateu o número de investidores do BOVA11 e se tornou o maior ETF em quantidade de investidores.
Para conferir a lista completa de ETFs, acesse: ETFs listados na B3.
Vale a pena investir em ETFs?
Antes do veredito sobre investir ou não nessa classe de ativos, vamos as vantagens:
A principal deve ser a facilidade para negociar os ETFs. Através do seu home broker é possível comprar e vender sem complicações, com liquidez D+2.
Os ETFs oferecem a oportunidade de investir em ativos de difícil acesso ao investidor pessoa física, como ouro, criptomoedas e ativos no exterior. Sendo que todos esses mercados se tornam acessíveis através da conta na corretora brasileira, ao invés da necessidade de administrar diversas contas específicas desses mercados.
Outra vantagem é o fato de ETFs oferecerem diversificação em um único ativo, fazendo com que a sua carteira tenha uma distribuição com menor risco.
São um excelente ponto de partida para quem está começando a investir, que quer investir em renda variável mas ainda não se sente totalmente seguro.
DICA: Está começando a investir? Procure os principais ETFs da bolsa brasileira e faça um pequeno investimento, aos poucos vá entendendo o que está movimentando o mercado. Procure aprofundar seus estudos e comece a realizar análises mais específicas nos setores e nas empresas.
Talvez o desafio de começar a investir por ETFs esteja no fato de que são ativos de renda variável, então estão sendo negociados todos os dias em horários do pregão, o que de início pode trazer uma visão do risco que existe ao se investir em renda variável.
Se existem desvantagens nos ETFs, podemos comentar sobre as taxas de administração dos fundos. Uma taxa que varia de ETF para ETF e é cobrada pelo fundo para realizar as operações e tomar as decisões pelo investidor. Algo muito parecido com fundos de investimento tradicionais.
Pontos importantes
Um custo que pode existir ao investidor em suas negociações é a cobrança de imposto de renda sobre os lucros. Sendo que no caso do ETF, o pagamento de DARF se dá quando as vendas totais de ativos na bolsa de valores excedem os R$20.000,00 em vendas no mês. Nesse caso, o investidor é obrigado a pagar 20% de imposto sobre o lucro de sua venda no caso de day trade (compra e venda no mesmo dia) e 15% no caso de swing trade (compra e venda em dias diferentes).
E lembrando que se no seu caso não houveram vendas maiores que R$20.000,00 no mês, não é necessário o pagamento da DARF, porém é essencial que esse investimento esteja presente na declaração de imposto de renda anual.
Em relação aos pagamentos de dividendos dos ativos presentes nas carteiras dos ETFs, a quantia é automaticamente reinvestida no fundo, comprando mais ativos. Ou seja, por mais que as empresas investidas pelo fundo paguem dividendos, não espere que eles caiam na sua conta.
Finalizando com Estilo
Para finalizar, particularmente acredito que os ETFs oferecem maiores vantagens do que desvantagens.
Também considero que podem ser excelentes “professores” para investidores iniciantes. Comprar algumas cotas dos principais ETFs da bolsa brasileira, acompanhar seu desempenho, pode trazer grandes aprendizados quanto ao funcionamento da renda variável, balanceamento da carteira de investimentos e acesso aos principais mercados do mundo.
Agora, se eles fazem sentido para você e se encaixam na sua carteira, isso é uma decisão que o seu perfil de investidor irá dizer!